sexta-feira, setembro 27

Sessão Curta+: Carn (2013)


Filme: Carn
Direção: Jeff Le Bars
RoteiroJeff Le Bars
Gênero: Animação
Origem: França
Duração: 5 minutos
Sipnose: O curta é uma fábula e mostra uma mãe lobo sacrificando sua vida para salvar um jovem perdido da floresta gelada. Em troca, ele deve proteger os filhotes dela do frio e de outros predadores. Exibido no Anima Mundi 2013.

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Legenda em inglês

Filme:


domingo, setembro 22

Crítica: Elysium (2013)


Por Maurício Owada

"Blomkamp faz um ótimo filme de tom humanista,
mas faltam coisas que não deixam Elysium ser um grande filme"

Em 2009, Neill Blomkamp apresentou seu primeiro longa-metragem: Distrito 9 (District 9). A partir de uma filmagem que remetia a um documentário e inspirado em seu próprio curta-metragem, mostrando uma realidade aliens chamados pejorativamente de "camarões", vivem em favelas após sua nave ficar estacionada por anos em Joanesburgo. Blomkamp reunia uma interessante metáfora social em contexto de ficção-científica.


Quatro anos depois, Neill reúne um elenco multiétnico e leva o discurso de Distrito 9 para seu novo filme, Elysium (idem), que assim como seu filme anterior, possui um título que descreve um lugar por onde toda a trama gira. Se Distrito 9 era uma referência ao lugar fétido e pobre aonde os "camarões" moravam num contexto que se assemelhava com o histórico de segregação racial - o apartheid - da África do Sul; em Elysium, o diretor expande o cenário e avança no tempo, aonde a Terra está totalmente poluída e superpopulada, destinado apenas aos desprivilegiados, enquanto os ricos moram em Elysium, uma estação espacial que se assemelha com um gigantesco condomínio de luxo, que possui toda uma política preservacionista em detrimento da população da Terra, que são oprimidos por policiais robôs, automatizados com diretrizes fascistas. O protagonista é Max da Costa (Matt Damon), um homem com passado de crimes que está em condicional e está trabalhando como peão de fábrica da Armadyne, uma grande empresa de armas, e num dos seus expedientes é exposto ao nível máximo de radiação; tendo apenas 5 dias de vida, Max procura Spider (Wagner Moura), um tipo de hacker, coiote e revolucionário, para levá-lo a Elysium, onde tem os equipamentos certos para lhe curar, ao mesmo tempo, ele reencontra Frey (Alice Braga), uma antiga amiga que é o principal interesse romântico dele, cuja filha tem leucemia e pretende levá-la também a Elysium.



Saindo do contexto racial, Blomkamp leva o discurso em uma base bem mais ampla, que é a desigualdade social. Não só a questão de morar em um lugar melhor, mas sobre o fato de ter acesso às mesmas (e melhores) condições do elysianos é uma das coisas que torna o filme um discurso ideológico bem sucedido, já que o roteiro trabalha bem com o contraste de vida de ambos os lugares, além do fato de ser bem atual hoje em dia (na verdade, é atual sempre). Este contraste é bem trabalhado também, através da direção de arte: enquanto Elysium conta com jardins verdes e aparados, casas de arquitetura que remete ao grego clássico e pessoas bem vestidas, saudáveis e bonitas, enquanto na Terra, prédios se tornam gigantescos cortiços, muitas barracas em recantos planos, pessoas miseráveis sob observação de agentes robóticos opressores e cuja visão no céu é Elysium, o recanto dos privilegiados, uma referência aos campos elísios da mitologia grega, o repouso dos mortos virtuosos de alegria é eterna.



Porém, apesar da boa intenção do filme, ele é muitas vezes falho como narrativa, possui uma ótima história contada do começo ao fim, mas não há uma grande profundidade nos personagens, como a personagem de Alice Braga, que é mal aprofundada e só sabemos de sua motivação de curar a filha, mas não conhecemos o seu passado, o que gera um certo afastamento, e o mesmo acontece com o ator mexicano Diego Luna, um ótimo ator com uma filmografia até bem estabelecida nos cinema americano e alguns outros fora dos EUA, como E Sua Mãe Também (Y tu mamá también, 2001) e Frida (idem, 2002), mas que é também muito mal aproveitado. Mesmo que Matt Damon esteja competente, é os atores Wagner Moura e Sharlto Copley que se destacam entre os personagens mais importantes da trama e que possuem mais espaço para mostrar do que são capazes. Mesmo paara quem acompanha os trabalhos do Wagner Moura, é estranho vê-lo falando em inglês (cujo sotaque é deixado de forma proposital pelo diretor), mas ele se sai muito bem e hora ou outra, ele tem certa liberdade para improvisar em português, roubando quase a cena, utilizando de certas sutilezas para a construção do seu personagem, e o mesmo acontece com Sharlto Copley, em um sotaque extremamente carregado de expressões sul-africanas, tornando o vilão ainda mais caricato, daqueles que você gosta de odiar, tornando a atuação dos dois um dos pontos altos da obra. Além disso, temos uma Jodie Foster encarnando muito bem a secretária de defesa de Elysium, Delacourt, uma mulher ambiciosa, autoritária e impiedosa.



A direção em si acaba perdendo o foco da essência e como um filme hollywoodiano, acaba partindo para a ação e mesmo que para o grande (e desgastado) mercado cinematográfico americano seja uma obra ímpar com um bom conteúdo crítico, é um filme feito por um cineasta que assume uma responsabilidade ao conduzir e desenvolver o tema até o fim, mas que erra e após um clímax marcado por uma sequência de ação, somos levados a um final de certo modo, piegas. E infelizmente, mesmo que seja bom tecnicamente e seu diretor aproveita dos efeitos especiais de forma competente, utilizando-os para a sustentação da trama e não por demonstração do poderio do CG, ele não vai além tendo em mãos um conteúdo muito bom e que daria para explorar outros aspectos da desigualdade social, podendo reforçar seu tom humanista.



Elysium não é o primor esperado e nem uma grande evolução do diretor do criativo Distrito 9, mas seu material torna-o relevante, mesmo ainda para os tempos atuais (infelizmente, não pelo filme, mas pela nossa realidade) e um ótimo entretenimento aonde a história não se detém em grandes garranchos formadas por reviravoltas, concentrando-se em uma narrativa simples, mas que de certo modo tem seu diferencial pelo elenco diversificado e por uma cuidado técnico admirável e detalhista.


Nota: 7,0/10,0





Trailer:


sábado, setembro 21

Sessão Curta+: Vinil Verde (2004)


Filme: Vinil Verde
Direção: Kleber Mendonça Filho
Roteiro: Kleber Mendonça Filho e Bohdana Smyrnova (estória)
Gênero: Drama/Suspense
Origem: Brasil
Duração: 16 minutos
Elenco: Gabriela Souza, Verônica Alves e Ivan Soares (narração)
Premiações: Prêmio da crítica no Festival de Cinema 2004
Sipnose: Mãe dá a filha uma caixa cheio de pequenos disquinhos coloridos. A menina pode ouví-los, exceto o vinil verde.

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Filme:

sexta-feira, setembro 20

Crítica: Only God Forgives (2013)


Por Kaio Feliphe

"Muitos exageram no estilo para esconder o vazio.
Refn esconde o conteúdo."

No começo do ano, saíram algumas informações sobre o novo projeto de Nicolas Winding Refn, diretor do maravilhoso Drive [Drive, 2011], como imagens e a base da história: um cara e seu irmão comandam um clube de boxe no submundo de Bangkok que serve de fachada para o tráfico de drogas. Na época, já era de conhecimento que o ator principal de seu filme anterior, Ryan Gosling, trabalharia junto mais uma vez com o diretor dinamarquês. Juntando esses dois fatores, minhas expectativas foram lá no teto, me fazendo pensar que Only God Forgives [Only God Forgives] seria tão bom ou até melhor que seu antecessor. Infelizmente, eu estava errado.

Como já disse, Only God Forgives se passa na capital tailandesa, onde Julien (Gosling) e Billy (Tom Burke) comandam um clube de boxe que esconde uma organização de tráfico de drogas. No entanto, Billy é morto após ter estuprado e assassinado uma garota de 16 anos. Procurando vingança, Julien vai atrás do autor e descobre os motivos do acontecimento, fazendo-o recuar. Nesse momento, entra em cena a mãe dos dois, Jenna (Kristin Scott Thomas), que, ao encontrar o assassino, descobre que o verdadeiro culpado de tudo é o policial Chang, uma tentativa de Refn de criar uma espécie de personagem mítico, onipotente, onipresente e justiceiro que faz o que bem entende.

Durante o filme, fica claro ao espectador que, enquanto Refn o realizava, ele estava pensando que estava fazendo seu melhor trabalho, sua Magnum Opus. Não foi bem assim. Todas as decisões que o diretor toma se tornam erradas. A fotografia monocromática exagerada incomoda quem assiste; a experiência de criar um conflito familiar com toques de tragédia grega culmina em personagens completamente desinteressantes; e a evidente tentativa de se criar um personagem inesquecível, emblemático, que ficasse marcado na cultura underground, mas que apenas resulta num coadjuvante que tem mais impacto que o protagonista, o que não é muito difícil, não supera as expectativas.

Mas o grande defeito do filme é exatamente a sua estética. Fica claro que Only God Forgives é um estudo sobre a violência, e a violência que a causa; e sobre a relação edipiana de Julien com sua mãe. Entretanto, qualquer conteúdo que Refn tenha colocado em seu filme fica ofuscado pela sua plástica exagerada. O vermelho e azul da fotografia nos sufocam, nos empurram pra fora. Por mais fundo que tentamos nos aprofundar no filme, não conseguimos encontrar nada. Por consequência, a imersão é praticamente nula, fazendo com que a experiência cinematográfica se torne artificial.

Apesar de Julien ser tão apático que parece um utensílio de decoração usado no cenário (muitos culpam Gosling pela atuação, eu já acho que foi Refn que construiu mal o personagem nesse sentido), os poucos bons momentos do filme são com ele e sua mãe. A cena do jantar explicita tudo que há de errado entre os dois. Fica claro que Jenna tinha uma relação incestuosa com seus filhos, e que preferia abertamente Billy, por causa de seus dotes físicos. Isto afeta Julien diretamente, já que fica implícito que ele nunca teve relação nenhuma com outra mulher (a cena que acontece na mente dele ilustra bem, onde o mostra colocando as mãos entre as pernas de uma garota). Na cabeça da mãe, isso explica a passividade de Julien com relação à morte de seu irmão. E na melhor cena do filme, Julien corta simbologicamente as relações com sua mãe, podendo finalmente ser “livre” daquilo que o prendia.

Only God Forgives é, claramente, um filme mais particular de seu diretor. É como se Refn precisasse “colocar pra fora” essas ideias. Mas ele o fez de forma opaca, de difícil digestão. É um filme que queria dizer o que tinha a dizer, mas não conseguiu. Porém, tenho a impressão que esse filme terá a fama de injustiçado daqui a alguns anos, de não compreendido em sua época. Até esse tempo chegar (se chegar), Only God Forgives permanece como uma decepção. E das grandes.

Nota: 4.0/10.0





Trailer:

quinta-feira, setembro 19

Notícia: Trailer americano de La Vie d'Adele

La Vie d'Adele, intitulado Blue is the Warmest Color em inglês, adaptado da HQ Le Bleu est une Couleur Chaude, de Julie Maroh, que ganhou a Palma de Ouro este ano no Festival de Cannes, ganhou um trailer para o mercado americano:


O filme narra o despertar sexual de uma adolescente que se apaixona por outra menina. Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux protagonizam o filme, que é dirigido pelo franco-tunisiano Abdelatiff Kechiche.

Chega em 25 de Outubro nos EUA e aqui no Brasil, a distribuição é garantida pela Imovision, ainda sem data definida.

terça-feira, setembro 17

Notícia: Segundo trailer para maiores de Machete Mata

Saiu o trailer para maiores de Machete Mata, continuação dirigida por Robert Rodriguez, com muito palavrão, tripas e pedaços de corpos.

Confira (digite a data de nascimento anteriormente, seguindo a ordem: mês, dia e ano):

Machete (Danny Trejo), está agora em uma missão a pedido do presidente dos Estados Unidos (Charlie Sheen), contra um perigoso líder de cartel (Mel Gibson) que ameaça o governo com ataques nucleares.

O elenco tem a volta de Jessica Alba, Michelle Rodriguez e as gêmeas Electra e Elise Avellan, sobrinhas de Rodriguez. Démian Bichir, Sofia Vergara, Alexa Vega, Edward James Olmos, Amber Heard, Marko Zaror, William Sadler, Lady Gaga, Antonio Banderas e Cuba Gooding Jr..

Machete Mata estreia em Outubro no Brasil.

sexta-feira, setembro 13

Sessão Curta+: Uma Vida Inteira (2012)


Filme: Uma Vida Inteira
Direção: Bel Ribeiro e Ricardo Santini
RoteiroBel Ribeiro e Ricardo Santini
Gênero: Romance
Origem: Brasil
Duração: 15 minutos
Elenco: Alice Braga e Bruno Autran
Sipnose: O filme mostra que, entre a primeira noite de um casal e a premonição do fim do relacionamento, pode caber uma vida inteira. Baseado na crônica "O Salto", de Antônio Prata.

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Filme:

quinta-feira, setembro 12

Notícia: J.J, Abrams apoia Rupert Wyatt como diretor de Star Trek 3

O diretor J.J. Abrams não voltará no terceiro filme da nova fase de Star Trek devido a seu compromisso com a nova trilogia de Star Wars, porém, ele não pretende partir para a outra franquia sem deixar um rumo acertado para o próximo filme que acompanhará a tripulação da Enterprise à uma nova aventura e a novas fronteiras.

Um dos candidatos à cadeira de direção que J.J. Abrams está apoiando é Rupert Wyatt, que trabalhou em Planeta dos Macacos: A Origem. Abrams afirmou que ele é "incrivelmente talentoso", mas frisou que a principal preocupação atual é ver os fundamentos do rumo que a história vai tomar.

A dupla Alex Kurtzman e Roberto Orci estão de volta na função de roteiristas, contando com a ajuda de Ashley Miller e Zack Stentz. A Paramount pretende lançar Star Trek 3 em 2016, em comemoração dos 50 anos da franquia.

Novo filme deve ser rodado em 2014, segundo o ator Zachary Quinto (Spock).

Confiram nossa crítica de Além da Escuridão - Star Trek (clique aqui).

terça-feira, setembro 10

Notícia: Novos cartazes de Thor 2 - O Mundo Sombrio

Thor 2 - O Mundo Sombrio, dirigido por Alan Taylor (Game of Thrones) e escrita por Don Payne e Robert Rodat, ganhou novos cartazes:





A continuação conta com a volta de Chris Hemsworth, Natalie Portman, Stellan Skarsgard, Jaimie Alexander, Kat Dennings, Ray Stevenson, Tadanobu Asano, Rene Russo, Anthony Hopkins e Idris Elba. O filme conta com novidades no elenco, como Christopher Eccleston no papel do vilão Makerith, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Richard Brake, Clive Russell, Zachary Levi e Chris O'Dowd.

Thor 2 - O Mundo Sombrio será lançado internacionalmente em Imax 3D em 30 de Outubro, chegando nos cinemas convencionais brasileiros no dia 1 de Novembro.

Featurette de O Quinto Poder

O Quinto Poder, filme dirigido por Bill Condon sobre o WikiLeaks, estrelado por Benedict Cumberbatch e Daniel Brühl, ganhou um featurette falando sobre as mudanças das relações do público com a informação devido a Internet.

Confiram:

O roteiro tem como base o livro Inside WikiLeaks: My Time With Julian Assange At The World's Most Dangerous Website, de Daniel Domscheit-Berg, interpretado no filme por Daniel Brühl e o livro WikiLeaks: Inside Julian Assange's War On Secrecy.

Tem no elenco: Laura Linney, Dan Stevens, Alicia Vikander, Carice Van Houten, Anthony MackieDavid Thewlis e Peter Capaldi.

Estreia no Brasil no dia 25 de Outubro.

sábado, setembro 7

Crítica: Dersu Uzala (1975)


Por Maurício Owada

"A personificação da utopia particular de Kurosawa
em Dersu Uzala"

Akira Kurosawa sempre foi um diretor que tinha um discurso bastante humanista, seja do ponto de vista social ou moral, o cineasta japonês tinha uma visão própria de um mundo simples, uma utopia particular que é comum em várias pessoas ao redor do mundo. Ele olhava para os dois lados da moeda, não à toa seu cinema era considerado "ocidental demais" para os seus compatriotas, enquanto por aqui, Kurosawa transpunha a cultura de seu país na tela e dava ao espectador uma visão bela e ao mesmo, retratava o Japão como um país com problemas como qualquer outro. Porém, o seu país não respondeu do mesmo modo pra ela e depois do fracasso de bilheteria de Dodeskaden - O Caminho da Vida (Dodes'ka-den, 1970), não encontrou apoio para continuar a fazer filmes em seu país de origem, assim auto-exilou para a União Soviética e fez um dos seus filmes mais contemplativos: Dersu Uzala (idem).

Baseado no livro autobiográfico de Vladmir Arsenyev, que fez um registro de sua aventura na Sibéria, em uma missão de mapeamento da região e acaba conhecendo o personagem-título, um caçador solitário e supersticioso que se utiliza apenas do meio em que vive para sobreviver, que o guia em meio a missão e assim, se tornam grandes amigos.

Apesar de ter sido filmado na Sibéria, Kurosawa encontra no personagem Dersu Uzala, a personificação de seus ideais, a teoria da vida equilibrada de modo que se utilize da natureza sem destruí-la, utilizando do que tem para não alterar o ciclo natural das coisas, algo que ele reafirmaria anos mais tarde no último segmento de Sonhos (Yume, 1990) (seu filme mais particular). Dersu é a idealização do homem selvagem e simples e toda a obra se concentra no simpático homem cuja baixa estatura simboliza algo aquém das suas capacidades de viver na floresta.

A típica fotografia dos seus filmes, de cores quentes, como se fossem pinceladas por Van Gogh (uma de suas maiores influências artísticas) e toda uma áurea de misticidade na natureza na cena da tempestade, engrandece o cenário belo e hostil da Sibéria.

Mas o que torna Dersu Uzala uma das maiores obras-primas de seu diretor é não só a grande identificação com o homem selvagem, mas a sua filosofia nos faz questionar a vida em que vivemos, movida pelo dinheiro, erguida por concreto que cobre nossos céus e o Sol, com o nosso oxigênio natural trocado por fumaças tóxicas advindas do progresso econômico de uma civilização racional que decidiu trocar tudo isso por uma metrópole enorme e terrivelmente apertada para todos nós, e nem mesmo a floresta consegue dar conta da maldade humana, que cada vez toma conta e com o tempo que o filme passa, percebemos um Dersu cada vez menos habituado a este mundo, que tão cruel se tornou.

Akira Kurosawa sempre adotou uma visão realista da humanidade, às vezes carregava um certo otimismo nela, mas sempre acrescentava uma carga forte de pessimismo no destino de suas personagens, porque no fim, o ser humano que decide o seu modo de vida, o caminho o qual deve tomar e as consequências que elas implicam.

Nota: 9,0/10,0




quinta-feira, setembro 5

Notícia: Primeiro trailer de Robocop

Saiu hoje o primeiro trailer do remake de Robocop, dirigido por José Padilha (Tropa de Elite 2).

Confiram:
 

Escrito por Josh Zetumer, o roteiro já foi revisado por Nick Schenk (Gran Torino) e depois por James Vanderbilt (Zodíaco, O Vingador do Futuro). Joel Kinnaman será Alex Murphy/Robocop, além de contar com Gary Oldman, Samuel L. Jackson, Michael Keaton, Abbie Cornish, Aimee Garcia, Jay Baruchel, Jackie Earle Haley, Michael Keneth Williams, Jennifer Ehle, Marianne Jean-Baptiste e Douglas Urbanski no elenco.

Robocop estreia em 14 de Fevereiro de 2014.

Notícia: Ian McKellen será Sherlock Holmes

O Hollywood Reporter informou hoje que o ator Ian McKellen interpretará Sherlock Holmes no cinema, no filme A Slight Trick of the Mind, que será dirigido por Bill Condon, que já trabalhou anteriormente com o ator no filme Deuses e Monstros (God and Monsters, 1998), por qual o ator foi indicado ao Oscar.

A trama mostrará um Sherlock velho e decadente intelectualmente, que se depara com um caso antigo que não foi solucionado e do qual se lembra apenas fragmentos dele: um confronto com um marido nervoso e uma ligação secreta com sua bela e instável esposa. A partir disso, Holmes precisará solucionar o caso mais difícil de sua vida, sem Watson ao seu lado.

As filmagens estão marcadas para Abril de 2014 no Reino Unido.

quarta-feira, setembro 4

Notícia: Novo (e angustiante) trailer de Gravidade

O novo filme de Alfonso Cuáron (Filhos da Esperança, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban), Gravidade, ficção-científica 3D que se passa no espaço ganhou um angustiante trailer que mostra cenas inéditas.

Confira:

Um astronauta em fim de carreira (George Clonney) e uma iniciante (Sandra Bullock) ficam à deriva no espaço após um acidente e ficam ligados um ao outro por um cabo de oxigênio para poderem sobreviver. Ed Harris fará a voz de contato dos dois com a Terra, em Houston, Texas.

Abriu o 70º Festival de Veneza, cujo júri será presidido pelo diretor Bernardo Bertolucci, vêm sendo bastante elogiado e deixou claro que boa parte do filme, assim como o trailer sugere, é por conta da atuação de Sandra Bullock.

Estreia 11 de Outubro no Brasil.

Notícia: Primeiro trailer de Kill Your Darlings

Saiu o primeiro trailer de Kill Your Darlings, que foca na origem do movimento beat e acompanha o encontro e a amizade entre Allen Ginsberg (Daniel Radcliffe), Jack Kerouac (Jack Huston), William S. Burroughs (Ben Foster) e Lucien Carr (Dane Dehaan), devido a um assassinato.

Confira o trailer: 

Dirigido por John Krokida, o filme já foi exibido no Festival de Sundance e estará no Festival de Toronto, antes de estrear em circuito comercial nos EUA no dia 18 de Outubro.

O filme ainda conta com a presença de David Cross, Kyra Sedgwick, Jennifer Jason Leigh, Elizabeth Olsen e Michael C. Hall.

segunda-feira, setembro 2

Notícia: Novo pôster e imagens de The Secret Life of Walter Mitty

Saiu o pôster do filme The Secret Life of Walter Mitty, dirigido e estrelado por Ben Stiller (Trovão Tropical).

Confira o pôster:

Confira as fotos:




Baseado no conto de James Thurber, Stiller vive o personagem-título, um editor de uma revista de fotos que sonha com uma vida mais aventureira. Então, Walter parte para uma viagem na Islândia, a fim de salvar seu emprego e o de sua colega, vivida por Kristen Wiig.

O elenco ainda conta com Sean Penn, Adam Scott, Patton Oswalt, Shirley MacLane e Kathryn Han. O filme estreia no Natal nos EUA.

Confira também o trailer: